(1983, Aveiro) Criadora e performer baseada em Lisboa, cujo trabalho articula diferentes áreas artísticas: teatro, performance, cinema e vídeo. Licenciada em Formação de Atores e Encenadores (ESTC-Lisboa, 2007). Trabalhou sobretudo em colaboração com a criadora e performer Solange Freitas, com quem criou: Go Tell Fire To The Mountain (2015), Ex Machina (2014), Bugs (2013), O Festim (2012), em colaboração com o criador Tiago Cadete, Fora de Jogo (2011), Temporária (2010) e Lá e Cá (2007). Completou, em 2018, o mestrado Das Theatre, na Das Graduate School (Amsterdam), como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian. Apresentou o seu primeiro trabalho a solo, “Chego sempre atrasada aos funerais importantes” (2018), no Teatro Maria Matos (Lisboa). Responsável pela direção artística e criação de Matéria (Lisboa, 2019), um estúdio aberto para a partilha de práticas artísticas, com encontros mensais.
Creator and performer based in Lisbon whose work articulates different artistic fields, such as theatre, performance, cinema and video. Graduate in theatre from ESTC (Lisbon), in 2007. She has worked mostly in partnership with the performer and theatre creator Solange Freitas, with whom she developed the following works: Go Tell Fire To The Mountain (2015); Ex Machina (2014); Bugs (2013); O Festim, in partnership with the performer and theatre creator Tiago Cadete (2012); Fora de Jogo (2011); Temporária (2010); Lá e Cá (2007). In 2018 she completed her master’s “DAS Theatre”, at Das Graduate School (Amsterdam), with the support of a grant from Fundação Calouste Gulbenkian. She presented her first solo work “Chego sempre tarde aos funerais importantes” at the Teatro Maria Matos (Lisbon) in 2018. She is the creator and artistic director of “Matéria (2019)”, an open studio to share performative practices with monthly encounters in Lisbon.
Realização de workshop de voz e movimento, para dez a 15 mulheres, inspirado na prática de grupos corais que se juntam para cantar músicas de protesto. Propõe-se pensar a democracia, através de um coletivo de vozes que negoceia o seu anonimato e singularidade, sustentando juntas uma harmonia efémera. Com práticas de movimento, voz e de escrita, pesquisaremos as reclamações, os nós na garganta, as palavras silenciadas demasiadas vezes, criando uma canção que coloque as nossas indignações no espaço público. Se, como disse a Audre Lorde, «your silence will not protect you», então talvez seja melhor cantar. Desafiar a imposição desse silêncio juntas, com canções nascidas da necessidade de nomear o que nos incomoda. As canções que cantamos contra os muros que limpamos, que queremos destruir. Muros de silêncio. De versos cantados em surdina, subversivamente. Muros em nós e entre nós. O silêncio alimenta-se do isolamento. Este é um gesto artístico feminista e ativista, que pretende criar um espaço coletivo de escuta e de sintonização com as vozes, as emoções, as biografias de cada mulher que se apresentar. Que repertório de canções traz cada uma? Canções de esconjuro, de reclamação, de ira, de transformação. Qual é o repertório coletivo que o nosso encontro pode gerar? Que melodias se inscrevem nas diferentes partes do nosso corpo? Como podemos movê-las para que comecem finalmente a falar e a cantar? As melodias que vão tecendo as redes invisíveis que precisamos de construir.
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A voice and movement workshop for ten to 15 women, inspired by choral groups that come together to sing protest songs. The aim is to think on democracy with a collective of voices that negotiates its anonymity and uniqueness, supporting an ephemeral harmony together. With exercises in movement, voice and writing, we will search out the complaints, the lumps in the throat, the words which are silenced too often and we will create a song that places our indignation in the public space. If, as Audre Lorde said, "your silence will not protect you", then perhaps it is better to sing. To challenge this imposition of silence together with songs born out of the need to name what troubles us. The songs we sing against the walls that we clean, which we want to destroy. Walls of silence. Of verses sung subversively, in silence. Walls in us and between us. Silence feeds on isolation. This is a feminist and activist artistic gesture; it aims to create a collective space for listening and tuning in to the voices, emotions and biographies of each woman who comes forward. What repertoire of songs does each one have? Songs of curses, complaint, anger, transformation. What collective repertoire can our meeting produce? What melodies are inscribed in the different parts of our body? How can we move them so that they finally start to speak and sing? These are the melodies that weave the invisible networks that we need to build.
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