Natália Mendonça
Natália Mendonça
No items found.
Brasil
Brazil
©Mayra Azzi

(São Paulo/Lisboa, Portugal 1983)

Dançarina, coreógrafa e preparadora corporal, formada em Ballet Clássico e graduada em Dança pela UNICAMP/BR. Baseada em Lisboa desde 2020, participou do PACAP 4 – Programa Avançado de Criação em Artes Performativas (curadoria de João dos Santos Martins, Fórum Dança). É diretora e performer do espetáculo infantil KDEIRAZ e desenvolve Chorume e d a n ç a r i n a (série sobre o ‘ser intérprete em dança’). Atua em Chama Chama Chama (Josefa Pereira), Vastidão (Gustavo Ciríaco) e colaborou em Cyborg Sunday (Dinis Machado), Slaughter House (Saeborg) e Pass The Mic! (Ritó Natálio). É membro do coletivo Piscina, composto por 8 artistas responsáveis pela manutenção e curadoria de um espaço criativo e residências em Lisboa.

Em São Paulo, trabalhou com Cristian Duarte (Jamzz, Zoomzz, despedaNçada) e Clarice Lima (Bosque, Árvores, Bichos Soltos, Supernada), além de criações com Marta Soares, Elisabete Finger, Jorge Garcia, Cia Perversos Polimorfos e Naufus Ramirez Figueroa. Contemplada pelo Proac Primeiras Obras de Dança para seu solo Marcela Banguela. Preparadora corporal em Quando Quebra Queima (coletivA Ocupação, SP, 2018–2019). 

Apresentou os seus trabalhos em Portugal, Espanha e Brasil.

(São Paulo/Lisbon, Portugal, 1983)

Dancer, choreographer, and movement coach, trained in Classical Ballet and graduated in Dance from UNICAMP/BR. Based in Lisbon since 2020, she participated in PACAP 4 – Advanced Programme in Performing Arts Creation (curated by João dos Santos Martins, Fórum Dança). She is the director and performer of the children’s show KDEIRAZ and develops Chorume and d a n ç a r i n a (a series exploring ‘being a performer in dance’). She performs in Chama Chama Chama (Josefa Pereira), Vastidão (Gustavo Ciríaco), and has collaborated in Cyborg Sunday (Dinis Machado), Slaughter House (Saeborg), and Pass The Mic! (Ritó Natálio). She is a member of the collective Piscina, comprising eight artists responsible for the maintenance and curation of a creative space and residencies in Lisbon.

In São Paulo, she has worked with Cristian Duarte (Jamzz, Zoomzz, despedaNçada) and Clarice Lima (Bosque, Árvores, Bichos Soltos, Supernada), as well as in creations with Marta Soares, Elisabete Finger, Jorge Garcia, Cia Perversos Polimorfos, and Naufus Ramirez Figueroa. She was awarded the Proac First Dance Works grant for her solo Marcela Banguela and worked as a movement coach in Quando Quebra Queima (coletivA Ocupação, SP, 2018–2019). She has presented her work in Portugal, Spain, and Brazil.

Laboratório:
Laboratory:
Espetáculo:
Show:
©Mayra Azzi
Projeto
d a n ç a r i n a
Project
d a n ç a r i n a

d a n ç a r i n a é um grande pot-pourri das danças da vida, revividas e re-imaginadas, a fim de pensar a reencenação ainda como um lugar de criação.

”Natália, quando você vai começar a dirigir seus próprios trabalhos, falar sobre suas questões?”. E eu só conseguia pensar: “Mas tudo que eu danço também são minhas questões”. Não faz sentido pensar que, quando somos dirigidos por outra/o diretora/or, estamos apenas a reproduzir ou adivinhar o que esta/e propõe. Não sei se me considero uma diretora, mas sou, com certeza, uma intérprete. Chrysa Parkinson diz que ser intérprete "é uma identidade mais do que um papel". É um imenso prazer em ser dirigida. Vivenciar a imaginação do outro, fazer parte da construção dessa ficção, e se surpreender com o mundinho de outra pessoa. E fazer deste um novo mundinho pra mim também.

Por falar em mundinhos… ano passado descobri que todos os meus vídeos de apresentações da infância estavam online. Comecei a brincar de reencenar trechos dessas coreografias, e assim nasceu d a n ç a r i n a: um grande pot-pourri das danças da vida, revividas e reimaginadas a fim de pensar a reencenação ainda como um lugar de criação. Era minha maneira de estar sozinha em cena, porém acompanhada desse acervo de ficções passadas.

Para o Linha de Fuga, a ideia é experienciar em coletivo um trabalho solo que nasceu do desejo de resgate dessas danças em coletivo. Compartilhar as peças desse jogo a fim de imaginar, coletivamente, novas configurações e sentidos que essa dança remontada pode vir a ter. Resgatar memórias de corpo dançado é o cerne do trabalho, mas não é apenas sobre o passado. Como Manoel de Barros sugere em “Memórias Inventadas”: memória é também dispositivo de reinvenção de presentes e futuros.

d a n ç a r i n a is a grand potpourri of the dances of life, revived and reimagined in order to consider re-enactment still as a space for creation.

“Natália, when are you going to start directing your own works, talking about your own issues?” And all I could think was: “But everything I dance is also about my own issues.” It doesn’t make sense to think that, when we are directed by another director, we are merely reproducing or guessing what they propose. I’m not sure if I consider myself a director, but I am certainly a performer. Chrysa Parkinson says that being a performer “is an identity more than a role.”

It is a tremendous pleasure to be directed. To experience someone else’s imagination, to be part of the construction of that fiction, and to be surprised by another person’s little world. And to turn that into a new little world for myself as well. Speaking of little worlds… last year I discovered that all my childhood performance videos were online. I began playing with reenacting segments of these choreographies, and thus d a n ç a r i n a was born: a grand potpourri of the dances of life, revived and reimagined in order to consider re-enactment still as a space for creation. It was my way of being alone on stage, yet accompanied by this archive of past fictions.

For Linha de Fuga, the idea is to collectively experience a solo work that was born from the desire to recover these dances in a collective way. To share the pieces of this game in order to collectively imagine new configurations and meanings that this reassembled dance might take on. Recovering memories of danced bodies is at the core of the work, but it is not only about the past. As Manoel de Barros suggests in “Invented Memories”: memory is also a device for reinventing presents and futures.