Nicole Gomes
Nicole Gomes
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Brasil
Brazil

(Rio de Janeiro/Lisboa, Portugal 1990)

Artista criadora, performer e coreógrafa, os seus  projetos investigam sobretudo a relação e fricção entre corpo, matéria e espaço, buscando um diálogo multidisciplinar entre as artes performativas e as artes visuais. Interessa-se pela relação entre o humano e o mais-que-humano na construção de novas ficções, subjetividades e paisagens. Tem Licenciatura em Dança pela Faculdade Angel Vianna, Teatro pela CAL e em Fundamentação em Artes Visuais pela EAV. Em 2021, integrou o PACAP 5 com curadoria   de João Fiadeiro.

Como criadora destaca seus trabalhos Tráfego, Fosso, Beira e Cinza. Em 2020 foi contemplada com o Prémio Funarte Respirarte (Brasil) pelos vídeos-arte Para Peito e Parte.

Acompanha criações de artistas e ministra aulas de corpo e movimento. Fundou em 2018 o espaço cultural Espaço Montagem (RJ). Colaborou com artistas como Marcelo Evelin, Tino Sehgal, Ana Rita Teodoro, Elisabete Finger, João Fiadeiro, Alina Ruiz Foline, Rafaela Sahyoun, entre outres.

De 2022 a 2023, foi residente no Palácio do Grilo, integrando a companhia wwwperformanceart com pesquisa nos cruzamentos entre dança, teatro e cinema, e apresentou durante dois anos performances diárias improvisadas em tempo real. Em 2023 estreou a peça Cinza no TBA – Teatro do Bairro Alto, selecionada entre os dez melhores espetáculos de dança do ano pelo Jornal Expresso.

https://gomesnicole.wixsite.com/home

https://www.instagram.com/nicolegomes.al/

(Rio de Janeiro/Lisbon, Portugal 1990)

Creator, performer, and choreographer, her projects primarily investigate the relationship and friction between body, matter, and space, seeking a multidisciplinary dialogue between the performing and visual arts. She is interested in the interaction between the human and the more-than-human in the construction of new fictions, subjectivities, and landscapes. She holds a degree in Dance from Faculdade Angel Vianna, Theatre from CAL, and Foundation in Visual Arts from EAV. In 2021, she joined PACAP 5, curated by João Fiadeiro.

As a creator, her notable works include Tráfego, Fosso, Beira, and Cinza. In 2020, she received the Funarte Respirarte Award (Brazil) for the video artworks Para Peito and Parte. She accompanies artistic creations and teaches body and movement classes. In 2018, she founded the cultural space Espaço Montagem (RJ) and has collaborated with artists such as Marcelo Evelin, Tino Sehgal, Ana Rita Teodoro, Elisabete Finger, João Fiadeiro, Alina Ruiz Foline, Rafaela Sahyoun, among others. From 2022 to 2023, she was in residence at Palácio do Grilo, joining the company wwwperformanceart, researching the intersections of dance, theatre, and cinema, and presenting daily improvised performances in real time for two years. In 2023, she premiered Cinza at TBA – Teatro do Bairro Alto, selected among the ten best dance performances of the year by Jornal Expresso.

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Laboratório:
Laboratory:
Espetáculo:
Show:
Projeto
deserto já foi floresta
Project
Desert Was Once Forest

deserto já foi floresta é uma linha espiralar que transita de uma experiência aparentemente árida, vazia e inabitada, até ao surgimento gradual de corpos e materialidades, transformando o espaço de forma sutil, construindo um ecossistema vivo, diverso, onde corpos, coisas e fantasmas coexistem.

Investigação sobre a criação de uma des-instalação performativa, um formato híbrido em que materialidades se ativam e se desdobram numa paisagem viva e diversa, onde corpos humanos e mais-que-humanos expressam agência e afetação mútua. A pesquisa centra-se no trabalho com materialidades, na exploração de uma performatividade do desvio e na construção de um espaço instalativo. A experiência transita de um espaço árido e aparentemente vazio até ao surgimento gradual de corpos e materiais, transformando o espaço e construindo um ecossistema diverso, onde corpos, coisas e fantasmas coexistem.

A performatividade desta investigação integra um corpo-desvio que abre espaços de indefinição e outras formas de habitar, implicando fisicalidade e presença em relação oblíqua com as coisas, distorcendo subtilmente a percepção. A pesquisa colabora com as forças das materialidades, gerando experiências de sensibilização coletiva à vitalidade ou “vibração das coisas” (Bennet, 2022), refletindo sobre a performatividade do mais-que-humano e questionando noções antropocêntricas de sujeito-objeto.

Pretende-se explorar as relações entre matérias e corpos, construindo uma instalação-floresta como ecossistema de materialidades vibrantes e inter-afetivas, desprotagonizando o humano e revelando os mais-que-humanos. A construção do espaço acompanha a pesquisa interdisciplinar das matérias e do corpo, num formato tridimensional e instalativo, criando um desdobramento gradual de um mundo fixo ou árido para um ecossistema imersivo, convidando sentidos e proximidade, não apenas visão.

Desert Was Once Forest is a spiral line transitioning from an apparently arid, empty, and uninhabited experience to the gradual emergence of bodies and materialities, subtly transforming the space and building a living, diverse ecosystem where bodies, things, and ghosts coexist.


Research on creating a performative de-installation, a hybrid format in which materialities are activated and unfold into a living, diverse landscape, where human and more-than-human bodies express agency and mutual affectation. The investigation focuses on working with materialities, exploring a performativity of deviation, and constructing an installative space. The experience moves from an arid and seemingly empty space to the gradual emergence of bodies and materials, transforming the space and creating a diverse ecosystem where bodies, things, and ghosts coexist.

The performativity of this research integrates a “deviation body” that opens spaces of indefinition and alternative ways of inhabiting, involving physicality and presence in an oblique relation with things, subtly distorting perception. The investigation collaborates with the forces of materialities, generating collective sensibility to the vitality or “vibration of things” (Bennet, 2022), reflecting on the performativity of the more-than-human and questioning anthropocentric notions of subject-object.

The project explores relationships between materials and bodies, constructing a forest-installation as an ecosystem of vibrant, inter-affective materialities, de-emphasising the human and revealing the more-than-human. The construction of the space accompanies the interdisciplinary research of materials and body, in a three-dimensional and installative format, gradually unfolding from a fixed or arid world to an immersive ecosystem, engaging senses and proximity, not only vision.