Trabalho de maneira consciente sobre linguagem e discurso, a maneira como se constroem e os seus limites. As línguas humanas que falo (português, francês e inglês) são materiais aos quais recorro. Em função do projeto, cada língua pode ser usada na sua própria esfera, ou na sua relação com outras linguagens. De forma paradoxal, estas inquietações abriram na minha pesquisa um interesse sobre o que as línguas não podem expressar, e sobre as linguagens que não domino ou não percebo. Não me refiro unicamente às “línguas humanas que não falo”, mas também às linguagens na sua compreensão lata, como a linguagem das células ou a linguagem da paisagem, por exemplo. Uma pergunta chave para mim poderia ser “o que existe entre essas linguagens?”
Doubler constrói-se como um laboratório de tradução e de interpretação, uma performance-palestra durante a qual convido o público a seguir as minhas questões, experiências e divagações.
I work in a conscious way about languages and discourse/speech: the way they are constructed and their limits. I consider the human languages I speak (French, English, and Portuguese) as a material and depending on the project, each tongue can be used in its own sphere or in its relation to other languages.
Paradoxically, these concerns have led me to a particular interest in what languages cannot express, and about the languages that I don’t master or understand (in this case languages do not refer just to “human tongues that I do not speak” but to languages in their broader meaning, for example, the languages of flora or the languages of cells). A key question for me is “what is there between all these languages?”
Doubler is a laboratory of translation and interpretation, it's a performance-lecture in which I invite the public to follow my questions, experiences and digressions.