Algo que não sabemos que sabemos mas sabemos é um laboratório expandido de experimentação de relações com plantas em torno da peça Coreografias Selváticas de Adriana Reyes. Propõe-se partilhar a investigação em torno da produção sensível vinculada às formas de vida vegetal e ao seu diálogo com as artes vivas.
Estrutura-se em três sessões de encontro ao longo de cerca de 15 dias para gerar uma comunidade temporária, ao mesmo tempo que contempla uma série de propostas diárias a serem realizadas individualmente, assumindo a forma de um conjunto de rituais coletivos e pessoais que acompanham o grupo durante esse período. O exercício de base é a ingestão de tinturas naturais, elaboradas artesanalmente com plantas autóctones, nomeadamente o Alecrim e a Alfazema. Nesta proposta, o uso de plantas não é entendido de forma instrumental, mas sim relacional: procura-se compor um diálogo molecular humano e vegetal a partir de saberes ancestrais trazidos ao presente numa transmissão não linear.
Esta metodologia inspira-se nas dietas de plantas de culturas tradicionais do Peru e do Brasil, que se combinam com outras aprendizagens provenientes da liturgia e ritos de oração diária inspirados na Ordem de Santa Teresa e dos processos de cura através dos sonhos das *Incubatios* da Grécia antiga. As 3 sessões têm como título:
TURN ON_Come together, join the (subtle) party
TUNE IN_ Sonho Coletivo
DROP OUT_ Todo o fim tem um começo
Local: Estufa Tropical do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra + Casa de Arazede*
Público-alvo: Aberto a todas as pessoas, de todas as idades, condições físicas e cognitivas, origens culturais, orientações sexuais e identidades de género, interessadas em explorar a nossa capacidade de criar novas alianças afetivas.
Data limite de inscrição: 7 de Novembro
Respostas: 10 de Novembro
Vagas: 20
Inscrição através de formulário aqui
Mais informações: mediacao.linhadefuga@gmail.com
*No dia 22 de Novembro, o grupo de participantes é convidado a passar uma noite juntos numa casa fora de Coimbra, em Arazede. Será providenciado transporte. Cada participante deve trazer o seu saco-de-cama e merenda.
Something We Don’t Know We Know But We Do is an expanded laboratory exploring human-plant relationships around Adriana Reyes’ piece Coreografias Selváticas (Wild Choreographies). It proposes sharing research on the sensitive production connected to plant life and its dialogue with live arts.
Structured in three sessions over approximately 15 days, it seeks to generate a temporary community while including daily individual practices, forming a set of collective and personal rituals accompanying the group throughout the period. The foundational exercise involves the ingestion of natural tinctures, handcrafted from native plants, notably rosemary and lavender. Here, plants are not used instrumentally but relationally: aiming to compose a molecular dialogue between humans and plants, drawing on ancestral knowledge transmitted in a non-linear way.
This methodology draws inspiration from plant diets in traditional cultures of Peru and Brazil, combined with learnings from daily prayer rituals inspired by the Order of Saint Teresa and healing processes through dreams of the Incubationes of ancient Greece. The three sessions are titled:
TURN ON_Come together, join the (subtle) party
TUNE IN_Collective Dream
DROP OUT_Every End Has a Beginning
Location: Tropical Greenhouse of the Botanical Garden of the University of Coimbra + Casa de Arazede*
Target Audience: Open to all, of any age, physical or cognitive ability, cultural background, sexual orientation, and gender identity, interested in exploring our capacity to create new affective alliances.
Registration Deadline: 7 November
Responses: 10 November
Places: 20
Registration via form here
*On 22 November, participants are invited to spend the night together in a house outside Coimbra, in Arazede. Transport will be provided. Each participant should bring their own sleeping bag and packed meal.
das 18h às 20h30*