"Archivo Pittoresco" é o último disco da autora, depois de "Troubadour" (Mbari), de 2010. Com a edição de "Troubadour", e os anos que se seguiram nesta década a transformá-lo ao vivo, dentro e fora de Portugal, tornou-se claro que Lula é cada vez mais um tesouro partilhado de todos os lusófonos de coração, fruto da sua fascinante abordagem à Canção popular global, radicada numa expressão artística singular que entretece tantas tradições de música, som e poesia.
“Archivo Pittoresco” reflecte precisamente isso ao longo dos seus 13 temas. Dominando um estilo seu a tocar a guitarra que nos concentra a atenção, e um trovar/trocar de línguas latinas com os seus perfumes, sotaques, inquietações e esperanças, que nos envolvem e transportam, Lula faz justiça a uma vocação abençoada para escolher, compor e justapor um repertório que aprimorou ao longo do tempo. Com letras e poemas de escritores como Manos Hadjidakis, Violeta Parra, o surrealista Belga Scutenaire, outras provenientes da sua própria pena, e música recontextualizada desde autores populares anónimos e outros menos celebrados aos compositores da banda-sonora original de Twilight Zone, ouvimos Lula cantar em Português, Francês, Inglês, Espanhol, Grego e Italiano com a maior liberdade e consequência do mundo.
"Archivo Pittoresco" is the author's last album, after "Troubadour" (Mbari), 2010. With the release of "Troubadour", and the years of this decade that followed to transform it live, inside and outside Portugal, it has become clear that Lula is increasingly a shared treasure of the whole Portuguese-speaking world. This is the result of her fascinating approach to the global popular song, rooted in a unique artistic expression that interweaves so many traditions of music, sound and poetry.
“Archivo Pittoresco” reflects precisely that throughout its 13 themes. With her masterful guitar style that focuses our attention, and a thunder/exchange of Latin languages with her perfumes, accents, concerns and hopes, which enfold and transport us, Lula does justice to a blessed vocation to choose, compose and juxtapose a repertoire that has improved over time. With lyrics and poems by writers like Manos Hadjidakis, Violeta Parra, the Belgian surrealist Scutenaire, others from her own pen, and recontextualized music from popular anonymous authors and others less celebrated to the composers of the original Twilight Zone soundtrack, we hear Lula sing in Portuguese, French, English, Spanish, Greek and Italian with the greatest freedom and reach in the world.
18H00